terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Blog Islamidades e site Arresala


Talvez não exista um blog tão interessante em língua portuguesa sobre o Islamismo quanto o Islamidades, principalmente levando-se em conta que ele é produzido por um brasileiro não-muçulmano. Além dos aspectos religiosos e teológicos do xiismo e do sunismo, o Islamidades também aborda as relações entre o Islã e o Cristianismo ao longo da história e da atualidade, bem como analisa as conjunturas políticas e os aspectos das instituições laicas e religiosas do Oriente Médio, sem contar as anotações sobre arte e cultura dos vários povos de fé muçulmana.


Dois dos artigos - muito bons - indicados hoje pelo perfil do Islamidades no Facebook, o qual recebe mais atualizações que o blog, tratam das minorias cristãs no Oriente Médio (de autoria do próprio dono do Islamidades, Pedro Augusto Ravazzano) e dos mitos do senso comum sobre a vida no Irã.


Para quem quiser uma fonte islâmica e avalizada, minha recomendação é para o site Arresala, mantido pelo Centro Islâmico do Brasil e de orientação xiita, que traz artigos diversos sobre doutrina e tradição islâmica e informações para o público em geral. O visitante também pode comprar livros sobre a religião islâmica e a língua árabe.

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sábado, 13 de dezembro de 2014

À toa, de Gabriel Fernandes

Foto: Facebook.
Ontem à noite fui assistir a algumas apresentações do II Virtuosi pela Paz, no Santa Isabel, e tive a satisfação de conhecer o pianista e compositor Gabriel Fernandes, que está participando comigo do projeto Jovens Compositores Pernambucanos, idealizado pelo tenor Pedro Martins. Acabei conhecendo também essa peça belíssima dele, chamada À toa, para oboé e piano, que recomendo pra trilha sonora do final de semana de todos vocês.


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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Bicicletário no Virtuosi pela Paz

Disponíveis a partir das 18h desta sexta até o domingo (um dia a mais do que anuncia o cartaz abaixo, conforme a própria produção do evento).


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

"A praia"

Carlos Pena Filho. Foto: via Google Imagens.
[Atualizado em 27/12/2014]

Esse poema de Carlos Pena Filho que estou musicando para o tenor Pedro Martins (mas que pode ser cantado por qualquer voz masculina dentro da tessitura ou uma oitava abaixo) foi publicado, salvo engano meu, em 1959, na primeira edição de seu Livro Geral, mas ainda parece vívido, como se houvesse sido escrito hoje para denunciar o crescimento desordenado e o desalojamento dos habitantes dos manguezais, homens de pouco falar que comem fel de crustáceos e cujas mulheres tiram a angústia do bolso para contemplá-la na mão.

Tendo terminado de musicá-lo, comento agora sobre a concepção da canção.

Um breve tema modal em estilo de aboio, murmurado à capela pelo tenor como um fosse um acalanto, remete, a princípio, ao "fácil sono de um boi" dos "velhos que adormecem, lembrando o tempo que foi", em que o Recife não tinha sua ocupação urbana ainda tão caotizada (o que já era acusado por CPF nesse poema já naquela época), e, em um segundo plano, mais crítico, ao estado de torpor e alienação em que se encontra a maioria dos recifenses ao não refletir sobre a cidade e se engajar por ela.

O piano então, com uma evolução cromática ascendente e descendente na mão esquerda e um tema de valsa triunfal na direita, vai criando a atmosfera onírica em que o poema deveria começar a ser declamado. No entanto, o triunfal dá lugar ao tenso, onde um ostinato atonal prepara a atmosfera de perseguição à la Arrigo Barnabé para a entrada do tenor (cuja parte será sempre modal ao longo da partitura).

Mas não é só junto ao rio / que o Recife está plantado, / hoje a cidade se estende / por sítios nunca pensados / dos subúrbios coloridos / aos horizontes molhados.

A tensão é deixada de lado para dar lugar ao idílico, que seria vivido nos "horizontes molhados". A linha melódica do tenor muda de mi bemol mixolídio para mi bemol frígio apenas nessa seção da peça.

Horizontes onde habitam / homens de pouco falar / noturnos como convém / à fúria grave do mar.

Volta a tensão inicial, onde o tenor canta mais dramaticamente a situação dos "homens de pouco falar".

Que comem fel de crustáceos / e que vivem do precário /  desequilíbrio dos peixes.

Uma ciranda (que remete aos moradores praieiros, como eram os habitantes deslocados do mangue ou das palafitas) gera uma expectativa de redenção e esperança, abandonando-se logo adiante, quando o acompanhamento do piano passa de um modo maior para um menor, e depois para o atonal, quase serialista, gerando angústia. O acompanhamento do piano nesta seção se dá em baixo volume para criar um segundo plano, separado da linha melódica do tenor.

Nesse lugar, as mulheres / cultivam brancos silêncios / e nas ausências mais longas, / pousam os olhos no chão, / saem do fundo da noite, / tiram a angústia do bolso / e a contemplam na mão.

A atmosfera onírica se desvanece com a volta da introdução do piano, bruscamente interrompida. O tenor deixa claro que, dentre os desalojados, ninguém tem direito a dormir, apenas os mais velhos, envoltos em suas lembranças.

Só os velhos adormecem, /lembrando o tempo que foi / vazios como o vazio / e fácil sono de um boi.

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

El Sistema sob outra perspectiva

Gustavo Dudamel, Foto: via Google Imagens.
Neste último sábado, o Estado de São Paulo publicou em seu site uma matéria do crítico musical João Marcos Coelho em que são analisadas as críticas do livro mais recente do musicólogo Geoff Baker ao Sistema de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, conhecido como El Sistema. Recomendo a leitura sem tomada de partido. O próprio João Marcos Coelho fornece um bom contraponto à leitura que Baker oferece e lembra de outros sistema de educação musical, como os de Villa-Lobos no regime Vargas e Zoltan Kodály na Hungria, que, se não formaram músicos excepcionais, contribuíram para a sensibilização artística e para a disciplina no ambiente escolar.

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domingo, 7 de dezembro de 2014

"Uma celebração ao violão"

Compositor Ricardo Tacuchian. Foto: Facebook.
Esse é o título que ganhou minha matéria mais recente na revista Continente (cujos parágrafos iniciais vocês podem ler aqui), que fala do livro do violonista Humberto Amorim sobre a obra completa de Ricardo Tacuchian para o instrumento de Sor, Tárrega e Segovia. Ricardo Tacuchian e o violão é o segundo livro de Humberto com o selo da Academia Brasileira de Música e tem prefácio de Fabio Zanon, além de ser o primeiro dedicado exclusivamente ao compositor carioca.

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Projeto Sesc Partituras


Compositores de primeiro time da música contemporânea nacional ao lado de jovens talentos. Qualquer músico pode mandar suas partituras para o site do projeto Sesc Partituras preenchendo apenas um formulário de cadastro pessoal mais outro de cadastro de obra individual, e assinando um termo de autorização. O Sesc Partituras deixa claro aos intérpretes que a disponibilidade das partituras não quer dizer cessão de direitos, ou seja, ela não tem relação com o devido recolhimento de direitos autorais ao ECAD. Além disso, o Sesc promove periodicamente concertos de obras dos compositores. Mais informações, no próprio site.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Mais duas partituras finalizadas


Primeiro foi a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus, op. 07, dedicada ao coral Contracantos, aqui do Recife, regido pelo professor Flávio Medeiros. É uma partitura para coro misto, com inclusão opcional de baixo contínuo e intermezzi instrumentais improvisatórios entre as seções. Sem o contínuo, dura cerca de cinco minutos; com ele, a duração é ad libitum.


E, semana passada, adaptei para quinteto de cordas o Estudo armorial n° 1, escrito originalmente para duo de violoncelos, sendo rebatizado como Xaxado, toada e galope, op. 16, remetendo (agora de modo explícito) à forma mais comum de suítes musicais do Movimento Armorial: alegre, lento e vivo, mas sob nomes e ritmos folclóricos nordestinos.

A motivação do Xaxado, toada e galope foi prestar homenagem a um dos grupos de câmara mais renomados do Nordeste brasileiro, o Quinteto da Paraíba, que completou 25 anos de carreira agora em 2014 e tem em sua discografia um dos CDs de música clássica mais emblemáticos gravados pela Kuarup, Armorial & Piazzolla, em cujo concerto da lançamento estive em 1995, em João Pessoa.

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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Aprendendo a ouvir Música Clássica

As palestras com o caro colega e jornalista Irineu Franco Perpétuo, dentro da programação do XVII Virtuosi, acontecem na Livraria Cultura do Paço Alfândega nos dias 9, 10 e 11 de dezembro, às 10h. Clique na imagem para se inscrever.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Interlúdio das Nove Horas / Nine O'Clock Interpolation - música incidental


O uso de música de fundo é prática nas sessões maçônicas e de organizações paramaçônicas desde sempre, porém pouco se vê hoje em dia o uso de música ao vivo nessas cerimônias, e desde Mozart Jean Sibelius, até onde se tem notícia, cessou o uso de música incidental maçônica - isto é, de peças criadas especialmente para para tais ocasiões (trilhas sonoras para teatro e cinema são exemplos de música incidental).

No caso da Ordem DeMolay, nunca foi feita música incidental para suas reuniões. Também não seria necessário hoje em dia, pois, com a ajuda dos recursos audiovisuais à disposição, pode montar uma seleção musical específica para cada ocasião, Mesmo assim, para resgatar um antigo costume maçônico, decidi escrever uma peça simples para uma das partes das cerimônias DeMolay.

O Interlúdio das Nove Horas é um momento de pausa obrigatório nos trabalhos ritualísticos públicos ou secretos da Ordem DeMolay, especialmente quando coincide com as vinte e uma horas, onde os membros da Ordem realizam uma oração em gratidão a seus pais. Para esse intervalo, criei uma peça curta, de cerca de um minuto e meio, para flauta e cravo, dedicada a dois Seniores DeMolay do México que são instrumentistas: Gonzalo Pastrana Cárdenas e Miguel Montes.

A peça (que pode ser executada em qualquer combinação de instrumento de madeira ou corda friccionada solista mais instrumento de teclado ou harpa) será estudada pelos dois músicos para depois ser gravada e disponibilizada para as reuniões. Aqui está a partitura para quem quiser ir se antecipando.

O plano mais amplo era o de criar uma trilha sonora completa para sessões ordinárias e especiais da Ordem DeMolay, no entanto esse envolve uma orquestra sinfônica e um coro, que demandam custos altos e tempo para ensaio. Mantenho por enquanto a esperança para uma chance futura.

***

The employ of background music is a common proceeding in masonic and para-masonic meetings since ever, but nowadays it's rarely seen the usage of live music - and specific incidental music is not composed perhaps since Mozart. In case of the Order of DeMolay such kind of music was not created before, Anyway it would not be needed in our days because of all audio-visual resources we have available, which allow us to create a soundtrack for each different occasion. Even this way, to rescue that old usage, I've decided to write a single piece for one of the parts of DeMolay meetings.

The Nine O'Clock Interpolation is a mandatory moment of pause in public and secret DeMolay works, specially at 9 p.m., when DeMolay members pray in gratitude to their parents. For this break time I've created a short piece for flute and harpsichord, with a duration about a minute and a half, dedicated to two Mexican DeMolay Seniors who are instrumentists: Gonzalo Pastrana Cárdenas and Miguel Montes.

The piece (that can be played in any combination of soloist either woodwind or bowed string and keyboard or harp) will be studied by the musicians to then be recorded and spread for download. Here is the score for those who want to play it soon. The most comprehensive plan was to compose a whole soundtrack for all kind of DeMolay meetings, however this project involves a symphony orchestra and a choir, which requires high costs and time for rehearsal. I keep while this the hope for a future chance.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Lançamento de PsicoPOIESISgrafia, de Ivanubis


O livro com 68 poemas será lançado nesta quinta, dia 13, na Saraiva do RioMar Shopping às 19h, com apresentação do Quarteto Encore. O quarteto de cordas irá tocar Quimiophantasía, do próprio Ivanubis.

Sobre a peça musical, o compositor comenta:

O neologismo se refere à química do próprio cérebro, o qual autoadministra a substancia intangível da phantasía (do grego). Todavia, não significa ser necessariamente um tratamento de cura, trata-se de um organismo independente do querer consciente. A peça retrata alguns aspectos da mente dentro de seu incomensurável universo.

O primeiro movimento, Labirintos do inconsciente, representa uma viagem por dentro do íntimo. É um lugar dentro de nós que não nos pertence... Onde sempre nos perdemos ao viajar por ele, e o acesso ao mesmo muitas vezes se dá pela desorientação, guiados pela psique objetivando atravessar as fronteiras da sanidade para conhecer a nós mesmos.

O segundo movimento, Valsa dos mortos, assume nossos sonhos de vida que morreram em meio à estrada da vida e entretanto permanecem em nosso interior. Sonhos esses que são desenterrados do inconsciente e valsam assombrosamente nos salões da tormenta. A tensão é sobre a tênue linha entre emoção e a razão, nos mantendo a beira de um colapso do eu.

O terceiro movimento, Andamentos a-temporais, enquadra as mudanças de nossa percepção de tempo e do que esta fora dele. A segunda palavra do título é a junção de duas outras, 'atemporal' e 'temporal', justamente para ilustrar um imaginário de tempestades que acontecem em nosso ser durante o passar do tempo vivido, mas que não é cronometrado no biológico e vive no desconhecido do inconsciente.

A edição de PsicoPOIESISgrafia é de Paulo Arruda e a capa, das mais bem desenhadas, é trabalho de Adriano Rocha (foto e design gráfico) sobre conceito do poeta e compositor. Detalhe: o quadro na foto também é de Ivanubis, em acrílico sobre MDF

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sábado, 8 de novembro de 2014

Osesp estreia obra de Clóvis Pereira em 2015


Na reportagem que fala da temporada 2015 da Sinfônica do Estado de São Paulo está a novidade. Cinco obras de compositores brasileiros serão estreadas pela orquestra ou por seus conjuntos de câmara, entre elas o Quinteto para sopros de Clóvis Pereira, para a formação tradicional desse tipo de peça (flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa).

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Novos compositores pernambucanos

Conforme anunciado nesta última segunda pelo tenor Pedro Martins, o projeto Novos Compositores Pernambucanos, a ser estreado em 2015, terá canções inéditas de:

Paulo Arruda. Foto: Guga Pimentel.
Paulo Arruda (1977)
Compositor e contrabaixista. Teve obras executadas pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música e Orquestra Sinfônica do Recife. Foi o vencedor do 1º Concurso Moacir Santos e Finalista do Festival Tinta Fresca, com a obra Cangaço de Vida e Morte. É integrante da Orquestra Sinfônica Jovem do CPM, da Orquestra Retratos e do grupo Quarteto Aberto.

Jorge van der Linden. Foto: Facebook.
Jorge van der Linden (1986)
Graduado em Música pela UFPE, estudou Composição com Prof. Dr. Nelson de Almeida (BRA), Prof. Dr. Mark Allan Taggart e Prof. Dr. Edward Jacobs (ECU-EUA). Integrou grupos corais e de ópera. Atua como sound designer de jogos e trilhas sonoras, e técnico de áudio em gravações e espetáculos. Trabalhou em Festivais como Janeiro de Grandes Espetáculos e Palco Giratório e atualmente integra o naipe dos barítonos no coro Opus 2, regido pelo Prof. Dr. Flávio Medeiros, e integra a banda Serrapilheira como compositor e instrumentista.

Gabriel Fernandes. Foto: Facebook.
Gabriel Fernandes (1990)
Pianista e compositor natural de Garanhuns, iniciou seus estudos de piano aos seis anos de idade. Em 2005 ingressou no Conservatório Pernambucano de Música, onde foi aluno de Suzilane Figueiredo, Adriane de Carvalho e Fernando Müller. Em 2010 seguiu para os Estados Unidos a fim de estudar com o professor Bernardo Scarambone na Eastern Kentucky University e graduou-se em piano e composição em maio de 2014 nessa universidade.

Pedro Tavares. Foto: Facebook.
Pedro Tavares (1984)
Atua como professor do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) desde 2010, compositor e arranjador. Trabalhou com diversos gêneros e formações camerísticas, com destaque para Baião, canção para soprano, coro e orquestra estreada em Bolonha, Itália, em 2009, e nos últimos anos vem-se dedicando à Orquestra de Rock do CPM, para a qual escreve arranjos e atua como instrumentista.

Bruno Oliveira. Foto: Facebook.
Bruno Oliveira (1989)
Natural de Recife, Bruno Oliveira iniciou-se na música em 2001, aos 11 anos, tocando guitarra. Estudou violão e piano erudito no Conservatório Pernambucano de Música, harmonia contemporânea no Cia. Dos Músicos (atual Tritonis) e bacharelado em violão erudito na UFPE. Recentemente gravou com o tenor Pedro Martins o CD John Dowland – Songs from ‘Book of Songs or Aryes I’ e é integrante da banda de metal Kriver.

Carlos Eduardo Amaral.
Carlos Eduardo Amaral (1980)
Mais conhecido como crítico de música clássica no Recife, graças à atuação no blog Audições Brasileiras, no festival Mimo e, principalmente, na revista Continente. Estudou apenas dois anos de musicalização na Escola de Música Antenor Navarro, em João Pessoa, quando adolescente, e foi agregando conhecimento de forma autodidática desde então, até lançar-se como compositor em 2014. Suas partituras mais recentes estão disponíveis no projeto Sesc Partituras.

Iuri Gama. Foto: Facebook.
Iuri Gama (1992)
Começou a estudar composição em 2011, no curso de extensão ministrado por Wander Vieira na UFPE. Em 2012 ganhou bolsa para estudar na Brandeis University (EUA), onde teve aulas de orquestração e composição com David Rakowski, e de música eletroacústica com Eric Chasalow. De volta ao Brasil em 2013, atualmente é aluno de Marcílio Onofre, no curso de extensão em Composição do Compomus, na UFPB e concluirá a licenciatura em música pela UFPE em 2015.

Tauan Lemos Miguel. Foto: Facebook.
Tauan Miguel Lemos (1989)
Nascido em Alta Floresta (MT), veio para o Recife em 1996 e começou a estudar música em 2005, tocando guitarra na escola Minami. Em 2007 ingressou no Conservatório Pernambucano de Música e estudou violão popular, viola caipira e trompete. De 2008 a 2012 cursou Licenciatura em Música na UFPE e passou a interessar-se por composição. Atualmente é aluno do Mestrado em Musicologia na UFPB.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Novas canções pernambucanas


O tenor Pedro Martins, cada vez mais especializado no repertório romântico e pós-romântico alemão, irá lançar em breve um projeto com canções inéditas de jovens compositores pernambucanos. Todos os nomes serão divulgados por ele oportunamente, mas já posso antecipar que o meu está no meio, junto com o de mais dois amigos queridos. O convite de Pedro veio há cerca de duas semanas, e no último sábado bati o martelo quanto ao poeta a ser musicado: Carlos Pena Filho (1929-1960). O poema sairá do Livro geral, que ganhei ano passado da viúva do escritor, a artista plástica Tania Carneiro Leão.

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sábado, 1 de novembro de 2014

Compositores contemplados para a próxima Bienal de Música Brasileira Contemporânea

CATE-
GORIAS
Enc. / Conc.
Compositores / Origem
Cat. 1:
Orquestra
Sinfônica
Encomenda
Paulo Costa Lima (BA), Liduíno Pitombeira (CE),
Eli-Eri Moura (PB), Jorge Antunes (RJ)
Concurso
Alexandre Mascarenhas Espinheira (BA),
Lucas Duarte Neves
Cat. 2:
Orquestra
de Câmara
Encomenda
Marisa Rezende (RJ), Flo Menezes (SP),
Roberto Victório (RJ)
Concurso
Alexandre de Paula Schubert (MG),
Emanuel Lima Cordeiro (), Nikolai Almeida Brucher (RJ)
Cat. 3:
Orquestra
de Cordas
Encomenda
Wellington Gomes (BA), Marlos Nobre (PE),
Harry Crowl (MG)
Concurso
José Orlando Alves (MG), Gilson Jappe Beck (RS),
Caio Tikaraishi Pierangeli (PR)
Cat. 4:
 conjuntos
de 6 a 10
intérpretes, com ou sem Música
Eletroacústica
Encomenda
Edson Zampronha (RJ), Marcos Lucas (RJ), Marcilio Onofre (PB),
Jocy de Oliveira (PR), Silvio Ferraz (SP), Pauxy Gentil-Nunes (RJ)
Concurso
Carlos Eduardo Verdam Maria (RJ), Henderson de Jesus
Rodrigues dos Santos (CE), Vitor Ramirez Lopes Cardoso (MG), Ivan Eiji Yamaguchi Simurra (SP), Paulo Henrique
Guimarães Raposo (SP), Felipe de Souza Lara (SP),
Mario Jacinto Ferraro Jr. (SP), Rubens Tubenchlak (SC)
Cat. 5:
conjuntos de 3
a 5 intérpretes
e/ou Coro,
com ou sem Música Ele- troacústica
Encomenda
Aylton Escobar (SP), Alfredo Barros (PE),
João Pedro de Oliveira (Portugal), Marcus Siqueira ()
Edino Krieger (SC), Antônio Borges-Cunha (RS)
Concurso
Roseane Yampolschi (RJ), Tauan Gonzalez Sposito (PR),
Julian Maple de Oliveira (SP), Ticiano Albuquerque de
Carvalho Rocha (PB), Daniel Vargas Coelho (MG),
Mauricio Soares Dottori (RJ), Caio Márcio Ferreira
Chaves dos Santos (RJ), Alexandre Ramuzzi Ficagna (PR)
Cat. 6:
Duos, com ou sem Música
Eletroacústica; Solos
ou Música Acusmática
     
Encomenda
Valério Fiel da Costa (PA), Paulo Rios Filho (BA);
Ricardo Tacuchian (RJ), Ronaldo Miranda (RJ),
Rodolfo Coelho de Souza (SP), Alexandre Lunsqui (SP),
Raul do Valle (SP), José Augusto Mannis (SP)
Concurso
Henrique Maia Lins Vaz (PE), Daniel Vargas Coelho (MG),
Matheus Gentile Bitondi (SP), Gustavo Rodrigues Penha (SP),
Frederick de Jesus Carrilho (SP), Clayton Ribeiro (SP),
Aquiles Guimarães (SP), Thiago Diniz Gonzaga de Lima (MG),
Samuel Cavalcanti Correia (PB), Mario Jacinto Ferraro Jr. (SP),
Fliblio Ferreira de Souza (PR), Daniel Rocha Ferraz Ribeiro (BA), Sérgio Kafejian Cardoso Franco (SP)
Observações:
1)       Os parênteses informam a unidade da federação de nascimento dos compositores, e não o local de residência;
2)       Os 30 compositores que receberam encomenda foram escolhidos mediante eleição por colégio eleitoral de 83 membros, formado por compositores que participaram de no mínimo 5 Bienais, regentes que dirigiram obras sinfônicas em pelo menos duas Bienais e professores de composição de universidades brasileiras;
3)       A Comissão de Seleção do concurso intitulado “Prêmio Funarte de Composição Clássica 2014”, que premiou 37 obras, foi formada pelos compositores Bryan Holmes, Harry Crowl, Liduíno Pitombeira e Rodolfo Coelho de Souza, e pelos regentes Erick Magalhães de Vasconcelos e Jamil Maluf;
4)       No concurso, Daniel Vargas Coelho e Mario Jacinto Ferraro Jr. foram premiados em duas categorias. Os 12 compositores cujos nomes estão em negrito/itálico participarão pela primeira vez de uma Bienal de Música Brasileira Contemporânea; sua premiação é motivo de especial satisfação, pois confirma o papel renovador das Bienais. 


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Partituras disponíveis no Sesc Partituras

Estudo armorial n° 4, trecho.
Já estão à disposição no Sesc Partituras meus quatro primeiros Estudos armoriais e minha Tocata para percussão.

Quando se clicar no título da peça, irá aparecer um quadro com o link para se baixar a partitura (com as partes, se for o caso) e o áudio em MIDI (com exceção do Estudo armorial n° 1, que pretendo exibir quando for gravado no YouTube).

A partitura do Estudo armorial n° 2 passou por uma revisão mais criteriosa na semana passada e já deve ter sido atualizada no site. Quando eu finalizar mais outras duas partituras, irei comunicar a inclusão delas por aqui pelo blog.

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domingo, 19 de outubro de 2014

Coluna de Domingo - 26

Quinteto da Paraíba. Foto: Divulgação.

  • A partir de hoje deixarei minhas atividades jornalísticas em segundo plano para me dedicar mais à escrita musical. Sairá uma última matéria minha na Continente de dezembro e depois disso não tenho nada em mente para 2015 a não ser escrever partituras (e finalizar dois livros). Quaisquer contatos comigo, usar o e-mail audicoes@gmail.com ou o Whatsapp.

  • Há sete anos, pelo menos, que Swami Nogueira é o técnico que cuida dos meus computadores. Levei meu notebook espatifado para sua oficina, no bairro de Setúbal, e no mesmo dia saí com o aparelho em ordem, tendo sido consertado o gabinete e substituído o monitor quebrado. Fica a recomendação.

  • Parodiando o Prêmio Jabuti, Olavo de Carvalho atiça novamente seus detratores instituído o Prêmio Cagado de Pseudoliteratura, cujo diploma deve ser editado por qualquer um no PhotoShop e enviado ao escritor de sua escolha.

  • Arvo Pärt terá uma obra coral à capela estreada em Portugal em 2015. Os três pastorezinhos de Fátima foi escrita em maio passado, dois anos após a visita do compositor estoniano ao santuário português.

  • O recital de canções românticas do tenor Pedro Martins e do pianista Gabriel Fernandes é sábado que vem, no Centro Cultural Brasil-Alemanha, às 19h.

  • Nada menos que imperdível o CD De sol a sol, da Orquestra Retratos. Só composições e arranjos de primeira qualidade.

  • O CD mais memorável do Quinteto da Paraíba, Armorial & Piazzolla, completou 20 anos de gravação pela saudosa gravadora Kuarup agora em 2014. Hoje ele está disponível no YouTube para quem não teve a chance de conhecê-lo.



  • O Conservatório Pernambucano de Música promoverá, do dia 19 a 22 de novembro, o 1° Festival de Piano da instituição, com apresentações gratuitas sempre às 19h30 no auditório do CPM. A abertura terá participação de Elyanna Caldas, Levi Guedes e da soprano Rosemary Carlos.


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domingo, 12 de outubro de 2014

Coluna de Domingo - 25

Rômulo Bartolozzi. Foto: Facebook.

  • Semana passada o site de Marlos Nobre foi invadido e teve boa parte de seu conteúdo apagado. Por que alguém atacaria um compositor de música clássica, ninguém sabe.

  • O tenor Pedro Martins, que fará recital de canções românticas dia 25 no CCBA (Centro Cultural Brasil-Alemanha), esteve recentemente em Buenos Aires, para conceder entrevista à Rádio Nacional Argentina.

  • O Grupo de Percussão da UFBA está gravando novo CD.

  • Na última quinta, dia 09, Rômulo Bartolozzi teve sua peça Yerevan executada em São José do Rio Pardo pela orquestra de cordas do Conservatório de Tatuí. Yerevan é baseada em uma dança folclórica armênia chamada Tamzara.

  • Uma coisa é o registro de partituras, que deve ser feito na Biblioteca de Música da UFRJ ou na Biblioteca Nacional, para garantir a autoria das obras.

  • Outra é o cadastro de partituras junto à associação de classe (Abramus, Amar, UBC etc.) responsável pelo recolhimento dos valores arrecadados pelo Ecad quando suas obras são executadas.

  • As inscrições para as palestras do III Virtuosi Século XXI continuam abertas. As palestras acontecem entre os dias 24 e 27 deste mês. Marisa Rezende, compositora homenageada do evento, escreveu uma peça para violino, viola, violoncelo e piano dedicada respectivamente a Rafael Garcia, Leo Altino, Lito Altino e Ana Lúcia Altino Garcia, intitulada Pequenos gestos. A estreia, porém, ocorrerá em outra edição de um dos festivais Virtuosi.

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domingo, 5 de outubro de 2014

Dez obras sinfônicas a se ouvir

Marcílio Onofre. Foto: via Google Imagens.

Hoje não tem Coluna de Domingo porque estou concluindo mais uma peça da série de meus Estudos armoriais. Parei para fazer uma listinha das dez obras orquestrais escritas do ano 2000 pra cá que mais me chamaram a atenção pela riqueza da escrita orquestral de seus compositores. Ei-las:

1. Kabbalah, Marlos Nobre.
2. Vereda, Marisa Rezende.
3. Yelelá Twendê, Paulo Costa Lima.
4. Armorialis, Eli-Eri Moura.
5. Études sur Paris, Almeida Prado.
6. O massapê vivo, Jorge Antunes.
7. Gantois, Paulo Santana.
8. Capricho medonho, Marcílio Onofre (foto).
9. Tetragrammaton III, Roberto Victório.
10. KrÊÓ, Sergio Roberto de Oliveira.

Dessas peças, três estão gravadas em CD - as de Marlos Nobre, Paulo Costa Lima e Almeida Prado - e uma em DVD, a de Jorge Antunes. As demais podem ser encontradas no YouTube, exceto as de Marisa Rezende e Roberto Victório.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Seven armorial works to be heard


To introduce some friends musicians abroad to the armorial music I've prepared a simple list with seven works to be heard. They are mandatory to comprehend the style of such kind of nationalist classical music with roots in the inland folk music from the Northeastern states of Brazil.

  1. Três peças nordestinas (Three Northeastern pieces), by Clóvis Pereira - I. No Reino da Pedra Verde (At the Green Stone Kingdom), II. Aboio, III. Galope.
  2. Mourão, by César Guerra-Peixe and Clóvis Pereira.
  3. Toré, by Antonio José "Zoca" Madureira.
  4. Toada e desafio, by Capiba.
  5. Rasga, by Antonio Carlos Nóbrega.
  6. Cipó branco de Macaparana, by Cussy de Almeida.

Update: All those works were from the 1970s, when the Armorial Movement was active, but one can not forget a later work of 1996, the Missa de Alcaçus (Alcaçus Mass) by Danilo Guanais.

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domingo, 28 de setembro de 2014

Coluna de Domingo - 24



  • Terminei a leitura do livro Moacir Santos - Ou os caminhos de um músico brasileiro, de Andrea Ernest Dias, lançado em agosto pela editora Folha Seca, do Rio. O trabalho impressiona por abordar com profundidade não só a obra mas também a vida do compositor pernambucano nascido em Flores.

  • A publicação, que me foi enviada gentilmente pela autora, junto com um CD Trio 3-63 dedicado exclusivamente à música de Moacir Santos, é uma adaptação da tese de doutorado da flautista carioca na UFBA. Chama a atenção também o quanto o compositor, negro e sertanejo, passou por cima de todas as discriminações confiante nas suas qualidades e trilhou uma carreira de sucesso até a fama nos Estados Unidos.

  • Uma das melhores descobertas musicais que fiz lendo o livro foi a da Orquestra Afro-Brasileira, dirigida por Abigail Moura, que existiu de 1942 a 1970. Estilo único e riqueza rítmica sem par naquela época dentre orquestras populares.

Andrea Ernest Dias. Foto: Ana Branco / Divulgação.



  • Neste domingo o grupo Mawaca encerra o 3º Conte Outra Vez - A Magia da Tradição Oral no Teatro de Santa Isabel, as 16h. O espetáculo Pelo Mundo com Mawaca convida o público infantil para uma viagem por diversos lugares do mundo, como França, Albânia, Tanzânia, Índia, Portugal, Israel e Brasil "por meio de uma trama de sons e histórias que educam e entretêm a plateia mirim".


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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Departamento de Música da UFPE apresenta concerto de harpa hoje

Vanja Ferreira, solista convidada. Foto: Facebook.
Programa do concerto da Orquestra Sinfônica da UFPE nesta quinta-feira (25), às 20h, na Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Recife. Entrada Franca.


Solista: Vanja Ferreira, harpa

Johann Sebastian Bach / Grandjany (1685-1750)
Andante - da Sonata nº. 2 para violino solo

John Thomas (1823-1913)
Watching the Wheat (Bugeilio´r Gwenith Gwyn)

Alph Hasselmans (1845-1912)
La Source, op. 44

Marcel Tournier (1879-1951)
Au Matin

Carlos Salzedo (1885-1961)
Chanson dans la Nuit

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Cadência do Concerto para Harpa e Orquestra

Intervalo


Solistas: Vanja Ferreira, harpa, e Jonathan Guimarães, flauta

Nelson Almeida (*1953)
O Vendedor de Pirulitos, para duas flautas, violão e cordas (estréia moderna)

Marcel Grandjany (1891-1975)
Aria em Estilo Clássico, para harpa e cordas

Wolfgang Amadeus Mozart (1753-1791)
Concerto, em Dó Maior, K. 299, para flauta, harpa e orquestra.

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